sábado, 3 de novembro de 2012

Reportagem da Vogue traduzida + Scans




Poderia ser a única pessoa no mundo que não conhecia o One Direction, o Patrick Demarchelier, fotógrafo que hoje trabalhou com o fab five para a Vogue. Sentado em um sofá de couro em um estúdio confortável em Londres, sua típica indiferença francesa diante da tarefa foi quase cômica.

“Então, é isso que iremos fotografar?” ele apelou. “Os Beatles?”

Melhor, uma comitiva de garotas extremamente animadas por trás. Ele dá de ombros e encara seu relógio.
Para o benefício de Demarchelier – ou aqueles que não se associam regularmente com pessoas de 7 anos de idade, televisões ou rádios, ou aqueles mais velhos com intenções morais – One Direction é a maior banda pop do mundo. Em dois anos, desde que ficaram em terceiro lugar no reality de caça talentos X Factor, eles alcançaram o sucesso e até Simon Cowell não pôde desistir do que ele sempre sonhou.
Nesse momento, Liam Payne, Harry Styles, Zayn Malik, Louis Tomlinson e Niall Horan são número 1 em 50 países, têm quase 10 milhões de fãs no Facebook e mais de 6.5 milhões de seguidores no Twitter. O álbum de estréia, Up All Night, foi o primeiro por artistas britânicos a ir direto ao o topo na América. Seu lançamento coincidiu com uma turnê épica e global, durante a qual eles estavam todo o momento acompanhado por um tsunami de desejos adolescentes. Eles acabaram de gravar o segundo álbum na Suécia.
A Crítica talvez questione sua legitimidade – eles não escrevem músicas, nem tocam instrumentos, nem dançam. Suas origens também não são remotamente orgânicas. Os cinco foram colocados juntos ao vivo quando falharam ao convencer os jurados de suas forças como solistas. Em resumo, eles são tão manufaturados quanto o McDonald’s. Mas o 1D, com o aparente apelido nada irônico que eles têm, são o fenômeno pop moderno. Como Alexa Chung coloca isso:

“Eles não são os Beatles, óbvio, mas é legal ver uma boyband fazendo sucesso para mudar um pouco. Eles me lembram uma caixa de cachorrinhos para o Natal – um mais adorável que o outro.”

A questão de quem é mais adorável continua sendo o debate mais contestado do playground atualmente. Será o Liam, de Wolverhampton, do signo virgem, com seu novo corte de cabelo, seu medo de colheres e sua excelente impressão do Kemit the Frog? Ou Zayn, de olhos cor de chocolate, capricorniano, de Bradford, que tem três irmãs, sempre usa dois pares de meias e não sabe nadar? Talvez seja Louis, o avô de olhos verdes da banda, outro capricorniano, dessa vez de Doncaster, com quase 21 anos e um dos únicos 2 a ter uma carta de motorista. É o pequeno Niall, viginiano, com um topete loiro de Mullingar na Irlanda, com aparelhos não tão transparentes, uma certa atração por garotas de olhos verdes e o hábito de enrolar e cochilar em qualquer oportunidade?
Ou é Harry, que, com certeza, é, porque se você nunca ouviu nada sobre o One Direction você provavelmente ouviu falar de Harry Styles, o vocalisa com os olhos cor de avelã, covinhas e o bebê do grupo, com o qual todo o mundo se apaixonou. Harry, um aquariano, que veio da aldeia de Holmes Chapel em Cheshire. Harry, com sua enigmática cara fechada, como um ursinho tentando fazer trigonometria, tem feito milhões de corações vibrarem, e tem cortejado um monte de mulheres se é que se pode acreditar no que os jornais dizem (e você não cortejaria, se fosse ele e tivesse esse tipo de oportunidade?). Harry, que tem como comida preferida tacos, que odeia maionese, adora os Beatles, gosta de cantar Justin Bieber no karaokê e que foi o primeiro a se apresentar quando a banda chegou, duas horas antes do agendado, deixando todos em pânico de modo que nem um filme contínuo poderia imitar.


“Você nunca vai se acostumar a entrar em uma sala e todos gritarem por você.”

Ele disse com seu status de adolescente mais desejado do mundo, com uma estilista a sua volta e trajando um terno preto. Apesar de ser tão terrivelmente atraente, com seu lento sotaque inglês e um maldito rosto lindo, ele tem dado um jeito de ser otimista em relação a sua fama.

“Têm muitas coisas que vêm com a vida nas quais você pode se perder,” disse ele, piscando seriamente, “Mas você tem que deixar ser como é. Aprendi a não levar tudo tão a sério.”

E o que ele acha das sessões de foto que fazem parte dessa vida? Como hoje, por exemplo.

“Eu gosto delas, na verdade,” ele disse. “Especialmente como essa, na qual você não tem apenas que sentar e sorrir.”

Ele está especialmete confortável no mundo da moda. Ele foi o único membro da banda que sentou na primeira fileira da Burberry em setembro por exemplo.

“Eu gosto da moda,” ele disse. “Quando eu olho para as coisas que vestia durante o X Factor, eu dou risada.”

Para sermos justos, ele era o único com 16 anos, um período para ser esquecido em questão de moda na vida de qualquer um.

“Não,” ele se arrepia, lembrando das gravatas borboleta e longos lenços usados durante sua experiência na televisão, “não tem desculpa.”

Apesar de ser obviamente o mais charmoso do grupo, Harry é notavelmente contido. Na frente das câmeras ele pode parecer até envergonhado na verdade. Sobre ele na banda:

“Eu briso um pouco,” ele diz vagamente, antes de completar “eu consigo dormir em qualquer lugar. Esse é meu papel.”

Quando pedidos para identificarem a “figura de pai” entre eles, apontaram o Liam, que estava calçando um novo par de Converse e se acostumando com um novo corte de cabelo.

“No começo, os empresários disseram que eu não estava autorizado a mudar meu cabelo,” ele fala sobre a estrita estética que esperam que os meninos obedeçam. “Mas eu mudei do mesmo jeito, então eles meio que deixaram essa passar. Eu tenho tendência a mudar muito meu cabelo.”

A mudança o permite um pequeno momento de anonimidade.

“Eu posso ir e vir” ele disse. “Um dia sai como um grande chava – calças da Adidas, blusa de correr – e ninguém me reconheceu.”

Parece quase triste que apenas um pequeno corte de cabelo represente uma grande oportunidade deles de levar qualquer coisa como uma vida normal, se os jornais divulgam isso em até 24 horas, mas eles estão, pelo menos, começando a ter mais autonomia em suas vidas artísticas. O novo álbum os permitiu “experimentar novos sons”, disse Harry.

“Nós queremos gradualmente ter mais e mais sons ‘vivos’. Então esse álbum é muito menos sintetizado, com mais bateria e guitarra. É importante experimentar novas coisas – queremos nos mover com o tempo mas manter nossa essência.”

Para outros, o novo álbum foi uma boa chance para mover alguns músculos musicais.

“Nós compusemos muito no estúdio,” disse Niall, que se descreve como o despreocupado do time. “E eu toco violão, então toco em muitas faixas do álbum.”

O já nascido artista, que cantou pela primeira vez com quatro anos “Saturday Night at the Movies” para uma platéia solícita, Niall tem que lidar com mulheres histéricas. Adora sair em turnê.

“Eu amo isso. Amo os gritos, eles amam também: todos compraram seus ingressos e têm esperado um ano ou mais para te ver, então você tem que dar o seu melhor.”

Ele – assim como os outros – está esperando pelo feriado de 3 dias do qual foram concedidos, e a quieta normalidade de “voltar para casa e ir aos bares com meus velhos amigos”.
Mas agora é hora de trabalhar. E então eles se juntaram, a partir da lente da câmera de Demarchelier com toda a intensidade de Derek Zoolander, bem como o estilo esfíngico de Edie Campbell, trilhando os definidos membros ao longo dos ombros. Chegando aos 22 anos, ela é muito mais velha, incompatível com esses jovens garotos: “Eles são só crianças,” ela ri enquanto rapidamente muda para o white Dior. De qualquer jeito, os garotos parecem muito imutáveis quanto à beleza dela. Zayn, completamente parado enquanto ela se arruma ao redor dele, nunca pausando o contato de olhos com as lentes. Talvez ele esteja admirando-a com certo temor – a bela e bem arrumada depois comenta que ela nunca é vista tão “bem comportada”. Bem verdadeiro, eles são um trato para fotografar: rápidos, não reclamam, cada um fazendo exatamente o que é pedido – há até uma sutil conversa descontraída entre as fotos. É certamente pela performance elétrica que eles trazem para o palco, mas não menos eficiente.
Tanto profissionalismo é quase estranho – o produto de um longo dia, longa educação na escola de Simon Cowell – mas eles também são muito fofos com isso. Afinal, eles dão autógrafos, posam para fotos, agradecem a todos, e são tão amáveis quanto vocês esperam que eles sejam. E eles estão induzidos a uma direção, para o próximo compromisso nesse implacável cronograma de dominação do mundo.
Confira os scans da revista em nossa galeria:
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Fonte: One Direction Brasil

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